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05/06/2019ㅤ Publicado às 12:32

 

O arquiteto e urbanista Rodrigo Ávila, vice-presidente do CAU/RR, está em Moçambique para ajudar na reconstrução do país, após dois ciclones – o Idai e o Kenneth – destruírem casas e prédios públicos. Mais de 600 pessoas morreram, centenas ficaram feridas e milhares desabrigadas. “Ficarei no mínimo um mês lá”, conta Rodrigo. “Participei de uma seleção e serei um dos dois brasileiros na missão, junto a mais dois engenheiros da Nicarágua e dos Estados Unidos. Esse grupo vai ajudar na construção de casas e hospitais”.

 

Graduado em Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Civil pela Universidade Federal de Roraima, Rodrigo participa de uma missão organizada pela organização não-governamental Engenheiros Sem Fronteiras e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Ele levará para a África a experiência de projetos de recepção de imigrantes venezuelanos em Boa Vista. “Ajudamos a Operação Acolhida e outras instituições filantrópicas. Com a chegada dos refugiados venezuelanos, nós, da Engenheiros sem Fronteiras, pudemos colaborar com as Forças Armadas e outras ONGs com a parte técnica”.

 

“Entendo que cada um tem sua missão. A minha é ajudar o próximo. Trabalhei na construção de aproximadamente três mil casas espalhadas por Roraima e vivenciei junto com a população carente suas necessidades, sonhos e medos. O coração da gente fica mais sensível e aprende a ter outro olhar”, diz Rodrigo. “Tenho um sonho de ver meu Estado vencer, tenho fé que iremos conseguir, que seremos referência e exemplo no mundo pelos profissionais que saem de Roraima. Espero estar contribuindo para que isso aconteça”.

 

Na viagem, os cuidados com a saúde foram prioridade: Rodrigo tomou mais de oito vacinas para poder viajar a Moçambique. Depois do primeiro ciclone, mais de mil pessoas foram diagnosticadas com cólera, que se espalha pela água ou comida contaminada por fezes que contenham a bactéria causadora da doença.
Esta é a primeira vez que Rodrigo participa de uma missão fora do país e o apoio da família é fundamental neste momento. “O coração aperta, a saudade vem, mas eles sabem que essa missão é importante e me apoiam”.

 

Mesmo antes de chegar à África, o engenheiro já recebeu um novo convite, para ir a outro país e trabalhar por quatro meses. “Ainda não dei a resposta. Agora tenho que me concentrar nessa missão, dar meu tudo nela. Durante a viagem, vejo como posso colaborar”. A ajuda humanitária do Brasil a Angola inclui ainda bombeiros brasileiros que atuaram no desastre de Brumadinho, em janeiro deste ano, e militares da Força Nacional de Segurança Pública.

 

Com informações do jornal Correio do Lavrado

 

 

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